UCMG: JUVENTUDE COMBATENTE TOMA AS RUAS DE BH NO DIA DOS PROFESSORES

No dia 15 de outubro, aconteceu em Belo Horizonte, Minas Gerais, o 3º ato em apoio à greve dos professores do Rio de Janeiro, Goiânia e de todo país. Este ato foi marcado pela celebração ao dia do professor. Além da luta por uma educação pública e de qualidade, também foi exigido o Passe Livre Estudantil. Os gritos também ecoavam pelo fim da repressão do Estado e pela luta travada em todo Brasil de que “Não vai ter Copa!”.

Estudantes e professores por educação pública e de qualidade.

Assim que os manifestantes chegaram e foram afixando os cartazes, a Polícia Militar desfilava portando fuzis, ostentando todo seu ódio de classe, revistando as dezenas de “suspeitos”, como se aqueles representassem algum perigo. Nunca clara tentativa de intimidar os manifestantes. Com a intensificação das palavras de ordem, estudantes, professores, operários e demais manifestantes, decidiram parar o trânsito de duas das avenidas mais importantes da capital mineira. Em repúdio às leis fascistas que estão sendo impostas por todo o país, parte dos presentes decidiram tampar os rostos, preservando, assim, suas identidades e demonstrando apoio as massas combativas de todos os estados onde tal direito tem sido atacado e até proibido por leis. Os manifestantes deixaram impresso no asfalto sua mensagem: “O POVO QUER EDUCAÇÃO, NÃO REPRESSÃO! REBELAR-SE É JUSTO!”.

Somando mais de 300 pessoas. Ao tentar cumprir a ordem que partiu de um policial, o motorista de um dos ônibus cercados pela mobilização popular avançou sobre os manifestantes e foi duramente reprimido por eles, tendo algumas das janelas dos ônibus quebradas. A tropa de choque foi com sua truculência para cima das massas, jogando bombas de efeito moral e atirando balas de borracha na altura do peito. Alguns manifestantes ficaram feridos pela parafernália da repressão, mas resistiram bravamente, fazendo o choque recuar.

Na confirmação de que havia um jovem preso, enquanto a grande maioria defendia que o correto era ir para delegacia para prestar solidariedade e exigir a libertação do companheiro, representantes dos mesmos partidos que tem se reunido com Anastasia e PM, insistiam em encerrar o ato. Sem darem ouvidos ao oportunismo, cerca de 100 manifestantes foram exigir a libertação imediata do manifestante detido, entendendo que o povo não abandona quem luta com ele, ao contrário dos pelegos, que não podiam ser encontrados em lugar algum no momento do confronto com a polícia e muito menos da delegacia, pegaram suas bandeiras e foram embora.

Com o grito de “Deixa passar, a revolta popular!”, os manifestantes chegaram à delegacia, onde dezenas permaneceram até 00h, horário em que liberaram o companheiro que havia sido incriminado. O estudante R.R., que foi detido, agradeceu enormemente a todos que comparecerem a delegacia para exigir sua soltura e diz que vibrou quando escutou, ainda de longe, palavras de ordem exigindo sua libertação, ao conversar com um militante do MEPR, R.R. diz: “Agradeço muito vocês terem vindo aqui, não esperaria que isso fosse acontecer; se não fosse vocês, eu tenho certeza que eu ficaria aqui até no dia seguinte pelo menos, vocês na porta da delegacia incomodaram muito os policiais lá de dentro, valeu mesmo”.

Do início ao fim da manifestação, o povo gritava em alto e bom som, “Eleição é farsa, não muda nada não, o povo organizado vai fazer Revolução”. E é neste grau de combatividade e decisão, que chamamos a todas e todos para nos organizamos cada vez mais, não permitindo que o Estado tome uma migalha nossa sequer, e que iremos lutar até o fim contra este Estado podre, burguês e latifundiário, serviçal do imperialismo. Enfim, de todo este sistema capitalista, de opressão e exploração!

Esta união entre estudantes e professores é importantíssima, a nossa luta é uma só, que é pela educação pública, gratuita, de qualidade e que sirva aos interesses do povo! Devemos juntos nos reunir, debater estrutura curricular, atuarmos juntos por democracia nas escolas e universidades e de todas as outras demandas específicas de cada instituição de ensino!